É uma merda ser ansioso. A gente tem pressa para sentir, e
quando começa a sentir, acha que é perigoso demais e que por isso, a gente
precisa partir mesmo que não seja essa a nossa vontade exatamente.
A
gente acha que precisa falar o tempo todo, ter sempre um novo assunto para
conversar e se não respondem nossas mensagens por algumas horas já é motivo para
pensar bobagens demais, metermos “macaquinhos” na cabeça…que não nos querem
responder, que nos estão a ignorar. A gente acorda com saudade de viver o que
nem viveu ainda, e talvez nem aconteça, porque a gente não pode nem consegue
controlar o futuro.
Inclusive,
a gente sabe bem disso, mas ainda assim sofre por um amanhã que nem está perto
de chegar, espera por uma notificação como se fosse uma necessidade para
confortar aquela sensação de insegurança dentro da gente.
A
gente começa a pensar que não vai dar certo, por mais que a vontade seja enorme
de dar. É que tanta coisa já aconteceu e tantas pessoas já passaram por nós,
que a história parece ser a mesma, só mudam os envolvidos. A gente começa a pensar
que os outros se vão embora, que já não querem saber de nós e então aí, a gente
pensa em desligar e não ligar, mas não consegue.
Ser
ansioso traz-nos uma insegurança que aperta o nosso peito, que por vezes nos
sufoca, e faz-nos pensar em fugir. Nós temos tanta pressa por tão pouca coisa,
os nossos pensamentos atropelam-se, com frequência, que até tropeçamos nos
nossos próprios passos. Ser ansioso faz-nos pensar em coisas que podem dar
errado mesmo quando tudo parece dar tão certo.
No
fundo a gente sabe que se a insegurança passa, que criar teorias por coisas tão
simples não pode ser verdade, e que os nossos receios não são do tamanho que
parecem ser. No fundo é só um medo “parvo” que vai embora amanhã, e se não for
embora amanhã, vai depois.
E
o problema não é ter medo, insegurança ou todas essas coisas de adulto. O
problema é a gente achar que tudo isso é grande demais e que não vai embora
nunca mais.
Mas
vai sim, temos é que nos relaxar e não dar tanta importância a essas pequenas
coisas da vida, quando temos coisas tão grandes para resolver e claro,
valorizar.
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